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Funcionária da Apae assassinada: Polícia Civil investiga envolvimento em esquema de desvio de dinheiro da instituição

O desaparecimento de Cláudia Regina da Rocha Lobo, funcionária da Apae de Bauru (SP), chocou a cidade, e as investigações revelaram um desfecho trágico. A Polícia Civil confirmou que Cláudia foi assassinada no dia 6 de agosto, mesma data em que foi vista pela última vez. A descoberta foi possível graças a imagens de câmeras de segurança que mostram o presidente da Apae, Roberto Franceschetti Filho, assumindo o volante do carro da instituição, enquanto Cláudia se movia para o banco traseiro. As autoridades acreditam que o crime ocorreu dentro do veículo, onde Roberto teria disparado contra ela.

Ocultação de cadáver

Após o crime, Roberto teria ameaçado Dilomar Batista, funcionário do almoxarifado da Apae, para que o ajudasse a se livrar do corpo. Dilomar confessou à polícia que, sob ameaça, queimou o corpo de Cláudia em uma área de descarte ocasionalmente utilizada pela Apae. Ele voltou ao local alguns dias depois para espalhar as cinzas em áreas de mata próximas. Além disso, o funcionário foi responsável por abandonar o carro de Cláudia na região da Vila Dutra, de onde ele e Roberto partiram em outro veículo da instituição.

Pistola calibre 380 foi a arma do crime

Durante as investigações, Roberto, que foi preso no dia 15 de agosto, inicialmente confessou informalmente o crime, mas depois, em depoimento oficial, negou a acusação. A Polícia Civil, no entanto, seguiu com as investigações baseando-se em sua confissão inicial. O exame balístico também corroborou a versão de que o disparo foi feito por uma arma encontrada na residência de Roberto, com um estojo de pistola calibre 380 identificado dentro do veículo utilizado no crime.

Além das evidências físicas, como fragmentos de ossos humanos encontrados em uma área rural de Bauru, e os óculos da vítima, reconhecidos por familiares, as investigações também apontaram movimentações do celular de Roberto no local onde o carro da Apae foi abandonado. Essas informações foram cruciais para ligar o presidente da Apae ao crime. Roberto teve sua prisão temporária de 30 dias decretada após uma audiência de custódia e foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pirajuí.

Investigação de irregularidades financeiras na Apae

A repercussão do caso levou a Apae de Bauru a abrir uma sindicância interna para investigar possíveis irregularidades financeiras, além de colaborar com as investigações. Mesmo diante da gravidade do crime e das suspeitas envolvendo a instituição, a nova administração da Apae assegurou que os serviços à comunidade continuam sendo prestados normalmente. Segundo as informações da Polícia Civil, Cláudia, a secretária assassinada, e Roberto, presidente da Apae, estavam envolvidos em um esquema de desvio de dinheiro da instituição. Foi solicitada a quebra de sigilo bancário de ambos para o bom andamento das investigações.

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